terça-feira, 31 de julho de 2007

Então e o humor?

Normalmente, o título de qualquer assunto é, nada mais, nada menos, que a sua melhor síntese. Mas nós, os Pi Sem Pé, grupo de invejável reputação (muito obrigado), apreciamos a arte da inovação: acabámos de elaborar um título que apenas está relacionado com o primeiro parágrafo! “E o humor?” Sim. E o humor? Onde anda o maroto, num blogue com essa função? Calma. Está a prestes a vir. Basta deixarem de ler este parágrafo e passarem ao próximo.

O que nos propomos aqui a tratar são as questões parvas. Aquelas mesmo inúteis. Absurdas. São tão absurdas, tão absurdas que ao pé delas a Carolina Salgado parece uma pessoa normal. Certo, não exageremos, até porque milagres, por estes dias, não acontecem assim tão frequentemente. Imaginemos então que estamos confortavelmente instalados nos nossos quartos, a fazer qualquer coisa banal como ler o blogue dos Pi Sem Pé, ver fotos dos Pi Sem Pé ou até mesmo rever a actuação dos Pi Sem Pé… Enfim, aquilo que de mais regularmente as pessoas de Albergaria (e brevemente do Mundo, sem utopia) mais fazem nos tempos livres. Ouvimos, então, um barulho do exterior e consequentemente ficamos alarmados. Porque raio é que decidimos abrir a janela e perguntar “Quem está aí?” ou “Está aí alguém?”. Isto é estúpido. Aliás, idiota. Patético mesmo. É que se raciocinarmos um bocadinho não vamos obter resposta, mesmo que esteja lá alguém. “Sou o Zé Tó, do Bairro, e venho acompanhado pelo Ricky BadMan e pelo Eddie Gadelhas Boy e, depois de te esbofetearmos e te enterrarmos vivo, vamos levar tudo o que tiveres em casa e vender na feira dos 29 na terça-feira”. É óbvio que isto é impensável. Desde quando é que a feira dos 29 é a uma terça? Rídiculo. Mas mais ridículo é termos a coragem, ainda, de depois perguntar algo como: “Então ó Zé Tó, mas tu ias com a tua avó ao shopping… Não chegaste a ir?”. É óbvio que não chegou. Se está ali como é que foi? Não satisfeitos, entre eles, os bandidos dialogam algo como: “Epá, chiça penico. Agora é que me lembrei. Perdi o taco de basebol.” e alguém tem a brilhante ideia de perguntar “Então, mas aonde é que perdeste?”. Se ele soubesse, talvez fosse lá buscar, não sabemos.

Para terminar, achamos que uma pergunta bastante pertinente e que, de todo, não pertence ao grupo das Perguntas-quase-tão-idiotas-como-a-Carolina-Salgado, ficou no ar:

“Então e… o humor?”

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Ainda sobre a actuação

Aqui está um pequeno excerto da nossa actuação na d'Orfeu Associação Cultural, gentilmente cedido pela Lea Lopez, que gravou o espectáculo na íntegra (vídeo esse que brevemente estará disponibilizado para quem o quiser). Este vídeo contém apenas alguns fragmentos dos sketchs, e não a sua totalidade. Esperemos que gostem do filme que não chorem como nós chorámos ao vê-lo (só para acrescentar emoção ao post).

sábado, 21 de julho de 2007

O ponto mais alto

Comecemos mesmo por aí: o ponto mais alto… da nossa “carreira” (se assim lhe podemos chamar). Foi curioso, como nasceu a ideia de irmos actuar, para um público.. O nosso professor de Língua Portuguesa e fiel companheiro, qual verdadeiro amigo, tinha leccionado a uma turma em Águeda, da qual sairiam alunos que mais tarde se dedicariam à cultura, nomeadamente na Associação Cultural d’Orfeu. Assim do nada, em plena aula, surgiu uma retórica: “E porque não uma actuação na d’Orfeu?”.
Arranjados os contactos dos responsáveis da d’Orfeu, nomeadamente por parte do incansável Paulo Brites, e, passadas algumas “burocracias”, surgiu então a proposta: actuação dos Pi Sem Pé, integrado no programa Solstício de Orfeu, no dia 23 de Junho pelas 23horas. Uma hora de espectáculo com jantar oferecido pela instituição. Estava ali, tão perto de se realizar, uma das ambições do nosso grupo: actuar ao vivo!

O grande dia chegou. Já na d’Orfeu vimos a humildade e grande re
ceptividade que o nosso professor de Português já nos tinha prometido; conhecemos o espaço e instalámo-nos naquele que seria o local da actuação. Instalámos tudo num camarim improvisado e a tarde foi de treinos intensivos, para alguns acertos finais. Workshop de teatro e, num abrir e piscar de olhos veio a hora de jantar. Depois, começou a chegar a gente de Albergaria. A ‘nossa’ gente, que nos fez sentir em casa. Assistimos todos a um teatro, que antecedeu a nossa actuação e… chegou a hora. Medos. Tínhamos muitos medos. Desde logo o mais assustador de todos: que as pessoas não se rissem de nós, porque era para isso que elas iam lá; que nos esquecêssemos das falas, para além dos nervos que cada um sentia. Eram imensos!
100 pessoas lotaram a sala. Estava um ambiente muito bom. Maravilhoso, diríamos. A d’Orfeu, apesar de ter visto muito, mas mesmo muito pouco de nós, tinha grandes expectativas para a nossa actuação. Sentia-se isso. E por isso é que íamos com ainda mais pressão. Mas tudo foi perfeito. Daqueles perfeitos que roçam a utopia. Nunca, mas mesmo nunca, nas nossas melhores expectativas, pensámos que fosse tão bom. Abraço forte e sentido antes da actuação. Entoámos o nosso nome, bem alto. Um gesto tão bonito que podia durar mais do que uns meros segundos. E toca a despachar. O Rafa vestiu-se. Era ele que ia abrir o espectáculo e ia
numa autêntica pilha. Quando o resto do grupo, curioso, espreitava a sua performance, a moral subiu a pontos elevadíssimos! A plateia tinha-se rido daquilo que o Rafa estava a fazer! E supostamente não era para se escangalharem. Era para acharem engraçadote, vá. Foi um ponto fulcral. Os nervos, a partir daí, ficaram de lado e ao longo de uma hora e trinta minutos, os 27 sketches foram todos bem executados. Atrevemo-nos a dizer que levámos o público ao rubro. Foi fantástico. Digam o que disserem, o tal grupo amador tinha-se saído das cascas. Embora com muitos melhoramentos a fazer, como temos noção.

‘Inesquecível. Mas que ninguém diga irrepetível’.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O Projecto Pi Sem Pé

Ora viva,
Antes de mais, começamos por nos apresentar: somos seis amigos, com idades compreendidas entre os quinze e os dezoito anos, que, num determinado dia, decidiram reunir-se e começar a efectuar vídeos com teor humorístico. Desta junção surge um grupo chamado 'Pi Sem Pé', fundado há cerca de dois anos. Começámos por fazer pequenos sketchs de piadas do conhecimento geral. Com o avançar do tempo, a seriedade foi-se instalando na cabeça de cada membro e a vontade de fazer algo de melhor tornou-se numa realidade. Começámos a escrever os nossos próprios sketchs, embora limitados a nível de material artístico (cenários, roupa, adereços, etc) e de filmagem (todos os sketchs são filmados por uma máquina digital de fotografias, daí a baixa resolução dos nossos vídeos).
O objectivo do grupo é atingir, pelo menos, o reconhecimento distrital, mas sobretudo conviver, divertir e divertirmo-nos. Estamos cientes que os nossos níveis de comicidade não são nenhum 'Gato Fedorento', mas também temos noção que temos algumas capacidades que podem ser aproveitadas.

Aqui se inicia mais uma nova etapa no grupo, a criação de um blogue, depois de uma actuação ao vivo (que será relatada no próximo post).


O Grupo. Ruben Dias, Pedro Bandeira, Rafael Marques, Luís Lopes, Tiago Oliveira e Tiago Chará.